segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Conta-se que em terra romeira
Nos princípios da nação
Viveu Bispo Peculiar
Célebre por ser fodilhão.

Terá tido por certo sopeira
Junto de quem daria razão
Fosse em nobre altar ou reles cadeira
Era sempre ele, bispo, padre, sacristão

Mudaram-se estes tempos sem par
Que os d'hoje como antes não são
E por ser já outro ar

Não sobra respeito já não
Q'ali está D. Peculiar
De pé, c'o caralho na mão.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ode ao Circo

Se no grande Circo Cardinalli
O Victor Hugo soubesse
Que nesta praça de Olissipo
Não há arena onde coubesse
Palhaços pobres e outros mais
Que de cuspir fogo têm dito:
Nesta praça NUNCA MAIS!

Há-de haver, no entanto,
Acrobatas e domadores,
Malabaristas amadores,
Que sob a luz do grande palco
Despem as calças sem pudores
E dão o rabo p'ro alto.

Não há dinheiro que pague
Esta tamanha ovação;
Nem há rabinho que resista
A uma tão grande tesão.

Quem quiser ajudar o circo
É só vir e estar disposto
A dar o seu cu com gosto
E sem pedir um tostão!

Bombinha de galinha

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Palavras leva-as o vento


Há algo que eu gosto muito de realçar na cultura de um povo,
COERÊNCIA
Algo que o Portuga conhece melhor do que ninguém

Reafimar essa dita coerência, só através de
Frases como, "Não há palhaços, não há circo"

Escassas semanas passaram, e afinal
Descobrimos,
Que não só há palhaços,
Como malabaristas, trapezistas
E CUSPIDORES DE FOGO

Cuidado,
que alguém se pode queimar,


Pastelinho de Bacalhau

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A Lisboa dos Salgadinhos

Muito feliz, é como me sinto neste momento,
Muito feliz, por ver finalmente Lisboa a assumir
A sua vertente culinária multicultural
É ver chamuças daqui para acolá,
Salgados de um lado para o outro, e
Como se não bastasse
É a bela da Sandocha (Sande)
A acompanhar na festarola,

Bom, veremos qual vai ser a caldeirada no final disto tudo
Convém não esquecer que para rematar
Parece que também por lá anda um senhor de seu nome
PAIXÃO,

Mas não é paixão pelo poder, não é o poder pelo poder
Como muitos propalam,
Não, é apenas amor a Lisboa
Deve ser uma gaja muita boa essa Lisboa
Pelo menos chega para todos

Quanto a nós
Nós, meros docinhos de coco,
Por aqui andamos, a vê-los passar
É tal o corrupio, que afinal
Parece-me que os salgados me provocam
AZIA

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Poema II

Vindo mesmo lá de longe
De uma terra bem ruim
Chegou um dia a Lisboa
O Mataco de Cochim.

Num esgar abriu o beiço,
Noutro mostrou as favolas,
E sem para tal mostrar jeito,
Impôs-nos as brancas dentolas.

Ah que visão infernal
Saída de história horrenda
Que este novo maioral
Já nos ataca a fazenda.

Mas ainda que a desgraça dure,
Que haja esperança, enfim!
Quem sabe um dia se esfume
O Mataco de Cochim.

Chamuça Assassina

A Besta Apocalíptica

José Sócrates disse, numa entrevista recente, que era um 'animal feroz' (sic). Há uns anos, Jorge Coelho afirmou que quem se metesse com o PS, levava.

Interrogo-me: será que já na altura estaria a pensar lançar o Animal sobre nós? E quem poderá aferir da sua ferocidade? O Diogo Infante?

Chamuça Assassina